Tamy Itsumo Otome ~[Hiatus]~: Urihime e a Yamanbá

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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Urihime e a Yamanbá

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Há muito, muito tempo, havia, numa pequena aldeia japonesa, um casal de velhinhos. Como de rotina, o velhinho ia à floresta catar galhos secos para lenha e a velhinha ia ao rio lavar roupas. Enquanto esfregava as roupas na água, a velha senhora percebeu que um melão vinha flutuando em sua direção.

A velhinha apanhou o melão e, junto das roupas, levou-o para casa. Quando seu marido voltou com as lenhas, ela disse:

– Veja meu velho, encontrei um uri (melão) grande no rio. Vamos comê-lo, que parece gostoso – dizendo isso, a velhinha foi à cozinha e apanhou uma faca para cortar o melão. Mal encostou o corte da faca no melão, ele rachou em dois pedaços. Em seu interior, havia uma bela criança.

O casal ficou muito feliz, porque não tinha filhos e aceitou o fato como um presente divino. Assim, a criança foi chamada de Uriko (filha do melão).

O bebê cresceu rapidamente, tornou-se uma bonita menina e, mais tarde, uma linda moça. Era muito inteligente e tinha habilidade especial em tecelagem. Sua beleza e habilidade ganharam fama e ela ficou muito comentada pelas cidades vizinhas. Em reverência a sua beleza, as pessoas a chamavam de Hime (princesa), ou de Urihime (Princesa Melão). Então, um rico senhor feudal, ouvindo falar dela, mandou seus homens para pedi-la em casamento.

O homem velho e sua esposa ficaram contentes ao ouvir que sua filha se tornaria esposa de uma pessoa tão importante.

Com a aproximação do dia do casamento, seus pais foram fazer compras na cidade.

– Cara Urihime, nós iremos à cidade para comprar seu enxoval. Você deve ficar em casa e não deve abrir a porta e as janelas, mesmo que alguém a chame. Tenha cuidado, pois existe uma Yamanbá na montanha e essa bruxa pode aparecer por aqui.

Ela ficou sozinha na casa, trabalhando no tear. A bruxa da montanha viu os velhinhos rumando em direção à cidade e resolveu fazer uma visita à bela princesinha.

– Urihime, você está aí dentro? Abra a porta, sou eu, a sua avó.

– Meus pais me disseram para nunca abrir a porta quando estou sozinha. Em hipótese alguma devo abrir a porta, por isso, obedeço às ordens e não abro a porta.

– Você não precisa abrir a porta inteira, apenas uma pequena fresta para meu dedo entrar.

– Está bem vovó, só um pouquinho.

– Urihime, abra um pouquinho mais, só para minha mão entrar.

– Então só mais um pouquinho.

– Urihime, abra mais um pouquinho, para minha cabeça entrar.

– Oh, não! Meus pais vão ficar zangados.

– Mas, Urihime, eu gostaria de ver seu rosto. Dizem que é a moça mais bonita do Japão!

– Está bem, vou abrir somente para sua cabeça entrar.

Assim que a cabeça passou pela porta, foi fácil entrar na casa. A bruxa da montanha raptou Urihime e a levou para a montanha, deixando-a amarrada num pé de ameixeira. Voltou correndo para casa e trocou sua roupa suja por uma bela peça do vestuário de princesa.

No dia seguinte, os vassalos do senhor feudal que vieram buscar Urihime com um palanquim e levaram a bruxa disfarçada para o castelo. Como ela foi com um chapéu de véu, não era possível ver o rosto da moça. No caminho do castelo, quando passaram perto da ameixeira na qual Urihime estava amarrada, os corvos da montanha começaram a gritar de modo estranho:

– Não é Urihime. Urihime está na montanha. Não é Urihime. Urihime está na montanha.

Percebendo que havia algo de estranho, a comitiva do castelo examinou o palanquim e descobriram toda a farsa. Urihime foi libertada e a bruxa foi parar na cadeia. Assim, casada com o rico senhor feudal, Uriko tornou-se uma princesa (hime) de verdade.

Fonte: http://www.nippobrasil.com.br/

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